domingo, 19 de agosto de 2012

Feira de internacionalidades, fundo aprumo em socialidade. Em compasso de tempo vou reagindo às palavras que se me não dirigem, digerindo-as em conclusões instantâneas que renovam um outro ser a ser. Pentagramas de uma espiritualidade passada enganam quem olha com pressa e as asas dos do chão olham danadas as pedras que se arrastam, esperando apenas pelos semáforos. Houve um tempo de dogma ou tabu, concluindo-se nisto que hoje é tempo de tudo que reflecte o nada que se tornaram nossos impulsos a deus, isto é, impulsos orgânicos, tanto de violência, amor ou sexuais. Vive-se certamente um niilismo decadente que consome tudo em frente e quem olha para trás se logo atrasa e tropeça na hedionda incaracterização que se tornou sua vida. Em parte, para a compreender, tenho que me entorpecer nas engrenagens do sistema. Mas compreendido o aviso logo se me acalma o espírito sabendo-se infinito. A vida também tem direito à morte, ao descanso. Talvez ela queira morrer, não sei, ela é um deus, eu um mero humano. Contactam-se vigílias nocturnas para saber da delinquência que elas mesmas trazem. Falam-se a entes queridos esquecendo-se o afecto por eles pois o esforço os ultrapassa. São guerras e mais guerras que atravessam o mundo diariamente, constantemente. E continuamos na sombra desse sol de verdade, sorrindo-nos perdidos, fingindo a vida pois ela se quer sofrida. Foram tempos e tempos foram. O chão que se pisa é como virtual, e o além da internet ou dos filmes em 3D parece tão mais convincente. Amanhã logrará o tempo do encontro, até lá vou sorrindo a isto, porque na verdade ainda é, a cima de tudo, vida, a minha vida.   

Sem comentários: