domingo, 19 de agosto de 2012


Vivo tão perdido
De ser tão encontrado
Que a realidade parece-me sempre
Uma farsa terrível
Ou extremamente cómica e divertida.

Olho-me ao espelho e vejo-lhe potencial
Mas assim que me não vejo
Cai-me o mundo em cima
E esqueço quem vi ao espelho.

Tem de haver reflexo
Num amigo ou amante
Para que quem no espelho vejo
Possa consistentemente existir em mim.

De resto,
Esqueço-me de tudo
E volto à essência que se lembra de mim.    

Sem comentários: