domingo, 30 de junho de 2013

Uma urgência qual de desumana imaginação!
Pegar na mala da cabeça e ir!
Oh mas ir onde e com quem e sem chão de mim?
Vozes dos Açores chamam-me, de repente, à razão.
É pecado contê-las, é pecado as não ouvir e obedecer.
Que de oficio artístico encontrou ele deus.
Aqui, o desgraçado de deus, uma coisa como eu.
Um ser menino que de vez está com sono e outras tem o falo erecto.
Sim, porque deus é homem.
Deixem lá a nossa deusa-mãe ser não humana, ao menos isso!
Essa é brisa, terra, fala por movimento e é o nosso interpretar
que a nos faz ser também.
Deixem a mulher ser calada e sossegada,
rasgando toda a coerência da moral e espetando uma secta
de certidão de óbito já nesta vida.
Ah mas deus, sim, deus está aí, ao meu lado de mim.
Coisa pequena, coisa pouca. Depois de se dar umas pancadinhas
fraternas nas costas desse nosso gentil Senhor, a vida dos humanos
parece uma coisa tão mais interessante e mágica.
Esta coisa de estarmos uns com os outros com vontades e desejos,
certezas e preconceitos. Esta coisa de nos tão contermos para nos compreendermos,
para que a vida se faça com alguma ligeira calma, com certeza.
Ah mas a mulher, esse ser quase mitológico! Esse ser que fala ao lado do que quer,
esse ser confuso mas certo na sua confusão por meios alheios ao do homem.
E os corpos, jasus os corpos! Que beleza e sensualidade! Apetece trincar tudo, Tudo!
As mulheres são plataformas onde o homem deve pousar seu falo, em ordem a se tornar
coerente e decidido. Deve-se oferecer esse nada mágico mas perfeitamente real e afirmativo
órgão da sexualidade masculina à mulher. Ela sabe cuidar dele melhor, ó mas então não sabe!
Que coisa maravilhosa dois corpos dentro um do outro e quatro olhos a mirarem o universo!
É um vazio olhar quem se ama. Dá para ver a queda e o que desiste de existir nela.
Um velho cão ensinou-me há mesmíssimo pouco tempo que se não deve amar uma só mulher
pois que de um já me tenho a mim e é demais. Deve-se amar todas tendo por base uma (de cada vez).
Então se poderá amar como deve ser, apreciando a singularidade de quem se ama com uma ligeireza
que nem um fim de tarde na praia em tempo de Verão pode conceber. Vivamos para amar, se não os
outros então nós mesmos. Quando esse cansar - porque tudo cansa - amar outro, outra, outros, outras.
Tudo deve fluir e não há medo na vida pois deus hoje anda por aí, como um de nós, e a nossa mãe está calada e sossegada a perscrutar-nos cada passo que damos em seu ventre: o chão, a terra.

Deixa o sol cair que a noite o há de descobrir.

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Don't like waiting,
for the breeze goes and I loose it.

Temperatures rising beyond repair and that time
that I was there is no longer here.

In ways of the almighty I stay grounded.

Time is brief and I have to yawn for it to comeback to me.

Memories lost in floating air that has no ground.

Losing the centre.
That centre that makes me believe in a Creator.

With no creator I'm just and that is too much for me...

The only thing similar to what I experience every day as an individual being
is being in love with another.

I'm like constantly in love with life and all the ridiculous infinite details of her.

So sensitive that I should be run over while I cross the street.

Need of dark forces and energy to slow me down.
I have an absurd hurry of living!

Normally that hurry you can't see because I'm living it on my mind.
But when something blokes my mind and her universe
everything from inside wants to come outside,
and that's no good.

So much compressed energy only has place in art.
(Or loving, or loving...)
It's funny how money really disturbs my need for adversity that leads to finding ways around it.
Those ways are the ones that make me write and do art, feeling and breathing by other means different from the physical world. Now, with some little money, I feel empowered, but for what? This economic life is not my field... Or it hasn't been since I never had money beyond my own close necessities. I'm used to live in my head with dreams falling in my step. Now those dreams don't find their way into me. It's like money puts you on the field of world economics, where you are a player of jokes and superficial pleasures. My soul seems away, like poor old money said that she no longer needed. In need of my heart again. Money puts you into action, physical action, but with no mind consolation. I'm not saying that money is evil. What I'm saying is that I'm not used to it. I'm no longer used to having it.The power that money gives is dangerous for someone that is used to live beyond it and his powers. Having no money boundaries makes a spiritual soul feel heavy and contracted. Money is a strange thing... 

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Get spring to your bones and let others feel your stones.
Its other on the side and in silence we comply.
No other will shine...
Though the thought of both I get entwined in forgetfulness blindness
we'll ensure some good beginnings.
No need for life.
For that we've got its other to put space into time,
for eyes to see, comprehend.
Rivers of blue and coasts of deep purple green get together with our happiness.
Die the one from yesterday and get beyond our day with loving or fucking.
Breeze comes and I light a cigarette with fingers crumbling on its others eyes, mind, feelings.
Let it slide to the ground - my pleasure.
Oh yes!
Be the both of us feeling dark of ever so much green together.
I pass the times. They pass trough me.
My life is a mystery that's beyond my rational thought.
Feel me with your unfeelingly heart.
Swallow my pride and caress your dreams of I.
Make them grow to a impossibility.
I never die.
Life is a burden for me.
I sleep when I'm wake and dream unforgettable dreams that I forget.  
I will never deserve you and that's why I so much so do.
Make the bed scream our gentle wings.
Get it together forever as it was never, never.
I stumble into grandness and it's all an illusion,
Reality it's so much beautiful without me...
Let it bleed to the knees and my smile rise us both through diabolical passion.
Kid me with your tears and I will grow to a wise dead father of my childhood.
Tomorrow another day that brings night away, away.
Make me die in your womb for I'm living for so long...

quarta-feira, 26 de junho de 2013

It's amazing how stars dance free in my head being steady on the night skies. The hot summer time gives me the creeps inside. No longer a walker of dark I've to turn words into light. Shaped sized monsters caress my happiness and the burden of I wants to yell the streets of lament. Feet on the ground and head out there. What keeps me here is the weight on the shoulders. Muscular feelings that want to break free but I won't let them. "You know what you need for that" - he says. I know, know I. Have to feel through other body and mind to be worthy of staying still, thinking what to do next, what can I feel through now... So youth and other beauties are tabu for me. Got to have them somehow, so there is writing, dreams and real fantasies to became true outside, outside of me. For my eyes to see and my mind to feel. This warm feeling inside has to have nightmares of reality to be coherent in his approach to life. Calm and patience do it all. My dreams are skies where you can walk with or without me. But to do so you have to know me and feel me. I have to give to know and feel through. I'm lost in an holy tenderness of my childhood. My little kid, that was I some years ago, is what makes me grow and be fair and be wise. There's no time there. There, I can be free in total silence, solitude and devotion. Divide me to a million and I would still get back together and be just one. All my cells know me and I know them all. I'm one down here. I had to be. Had to be, to be free.

terça-feira, 25 de junho de 2013

I'm not a human being
I'm a being that is human.

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Numa manhã de sol lindo acordo. A varanda mostra um céu azul imenso e mar.
Ponho os pés no chão, esfrego a cabeça para me esfregar os pensamentos ao nada.
Levanto-me, não pesado, e olho em frente.
Estou sozinho no quarto mas não o sinto. De alguma forma sinto-me acompanhado.
Lá fora, a rua, lembra-me o passado e no entanto estou onde nunca estive,
do outro lado do oceano.
Falam-me um português que dança com o vento e acarinha-me a mente.
Saio à rua para comprar pão e tudo me parece claro: a vida que tive, a que tenho
e a imprevisível que vejo-me vir a ser.
Tou sozinho mas esta solidão não é só. Como que tudo o que fiz até hoje me dissesse:
"É aqui, é aqui que deves estar." Sorrio. É um bom sorriso e é um sorriso só meu o
que me mais ainda alegra. Comprado o pão, em silêncio, só de trocos na mão, volto a casa.
Casa essa que não é minha casa mas de um amigo. Um bom amigo que me acolheu aqui.
Fruto perdido do passado mas a amizade junta o tempo sem ausência, sem distância.
É bom estar perdido em estar encontrado.  Já sem aquela dor de culpabilidade débil,
coisa de família, coisa sem cheiro ou tacto...
Mas sim, estou feliz, posso dizer que sim, pois na verdade não deturpei a realidade,
fi-la eu e assim mera continuação e no entanto perfeitamente singular nesta minha terna
e preciosa individualidade.
O tempo de amanhã desejo e procuro o bem tratar pela primeira vez.
Acabando o pequeno-almoço nestes pensamentos, liga-me ele. Tem concerto e quer ajuda.
"Sim, claro. Passo aí já."
It's believing that exists
not existence that should be believed.

Poema do Menino Jesus

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão 
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

                          Alberto Caeiro 

domingo, 23 de junho de 2013

Quanto mais queres fugir de algo mais esse algo te apanha.
Não fujas nunca, apenas não leves a sério.
My living is waiting.
Eu não sou especial
a minha arte é.
Ah mas é que tou farto de ver tudo catolizado, descrente, vivendo morto e indo em frente! Ai, tou com dores, ai tou tão tristinho, oh mas que não consigo, não consigo...
Libertem as vossas pilas e vaginas! Olhem realmente nos olhos dos outros e enfrentem os vossos medos! Que não são nenhuns, não são nenhuns! O único medo que existe na vida é o medo em si. Sem medo  tudo está aí! E claro que sim! A realidade existe para que nós existamos também com ela, nela. A dor de cabeça que é, guardar toda esta entrega, toda esta frustração, toda esta miséria de solidão! Os códigos estão mudados, as leis não são mais, porque a natureza está-se a evidenciar, está-se a evidenciar em nós, dentro de nós mesmos. Assim, se preso aos antigos moldes de sociedade, cultura, família o chamamento da vida, como não correspondido, gera loucura e confusão interiores, sós. Há quem desista de sentir e se resolva a cumprir o que a televisão diz, mas este alguém não mais é ninguém. Por favor não se tenha mais medo. Há que dizer ou mostrar que se gosta quando se gosta. Há que dizer que se não gosta, que se detesta, para as coisas mudarem e se corresponderem mutuamente. Há que haver com isto um superior sentido de tolerância, e respeito também, pelo outro, que é nós de fora. Somos, existimos. Não somos perfeitos nem somos exactamente o que queríamos ser mas ainda há tempo, ainda há tempo. Os outros sempre compreendem isto se se os olhar sem medo e com entrega. Afirmação de vida é mostrar-se o que se é, nesse momento, com o que se tem, com o pouco muito que se é. Ridículo é não ser ridículo quando apetece ser. Ridículo é não nos rirmos das nossas próprias maneiras. Ser triste, feliz, adulto e criança ao mesmo tempo. Deixar entrar e deixar sair. Ponto.

sábado, 22 de junho de 2013

It's amazing how I have to write to understand what I'm feeling. And not this kind of writing that I'm doing, like describing. But more like writing by the "part" that doesn't rationalize. Like this:
It's full moon and my mind is already on the other side. Feelings mixed together with reality that doesn't apply to me but my body and I lost on a grand dilemma of life: Stop and die for eternity comfortably with another by my side or continue this magic odyssey that I've created from being held as a prisoner, as a son, in a family house. There's no right or wrong for me any more, everything that happens it's beautiful because it happens, because it's life. But feelings are wrong inside, raw and just by writing they get free by me, in me, for all to see or, in this case, read. There's no weak (catholic) guilt and no one to blame since it was I and this mine of intuition that made me be like this: cold hearted wise child that lives to tell, lives to say that exists, but most of all lives to live. Reality that I see is beautiful because it doesn't have to think like I, so it's beautiful, so it's like nature. Even if it's ugly, even if it's wrong or bad. Lover and friends that I lost so dramatically a long, long time ago made me do this trip inside of me because I've always been too weak to live outside of me. Till now. Things change, things change. But. But the past comes to my present time now and I don't know if I prefer what I've created from it or what did he became with time on his own. Such phenomenal mysteries that I have too choose now. Decisions... How I hate multiple decisions. Because I always decide undoubtedly by intuition, I cannot mess with reality, it's not my field. Well, yet again, it wasn't... Times have changed. I don't know who I am but my intuition does. Body and soul. One or the other. Is it such and absolute dilemma? Maybe so, maybe not. I know now that I can no longer run away since in some way I've ran all my life away. Do I actually feel? Is it that I gave up feeling? Always repressed because I come from a heritage that feels too much, so they all marry to die together unfeelingly... I've suffered all that there is to suffer and nonetheless I feel that I never really suffered nothing because I always suffered alone. I'm so curious about all that even suffering is interesting. I've always caressed my self while suffering. So much so that nowadays it's ok. Life continues and as Rimbaud once wrote, long time ago, "The only unbearable thing is that nothing is unbearable". Be ok with passing time and always believe in falling in love again. I think that's it. Because only love can join all this mysteries and live with this body and mind that is you(rs).

Well, it was describing... But it's a bit artialized.
I think I understood it.
You never can run from heredity. So,
you might as well get used to it and
fly away with art and love:
the only two things that can reveal
demons being angels as well.

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Need of earth for the seas are rising and the sky falling. Need to walk the land and be straight with whom holds my hand. For the times are dark on civilization but bright on the universe. Need of the middle term. Anyone that knows too much must be quiet to survive. We're all searching for something, something, something. But the thing is that there's nothing to search for, you have it already in you. And it is this something that you have to give to someone you love, truly love without fear. I live so much in the air that it becomes difficult, for me, to touch and feel. Need someone too teach me. Love bounds us, and I live by love. The earth is warm and it needs our attention. Stop flying and get in to your walking feet. Discover life from there, down the bottom. 
For some time I think that time doesn't quite exist. If you live contemplating life, tears are butterflies that shine around you. Never think of giving up nor stop existing. Fears come when you're close to yourself, protecting yourself from life. If you open up to life and believe in what you're experiencing time is like space and you are living. Living controlled by others makes you afraid of your willing. Life is a strange place if you already experienced her by other hearts or minds... Absorbing from others it's the best way to understand that there's no boundaries between you and others. Life is full, and consciousness endless. So be willing to live beyond yourself.   

quinta-feira, 20 de junho de 2013


Por vezes dói-me a alma, é o peso da existência que não compreendo.

Ten Lessons from Monsieur Einstein

1. Follow Your Curiosity
“I have no special talent. I am only passionately curious.”
2. Perseverance is Priceless
“It’s not that I’m so smart; it’s just that I stay with problems longer.”
3. Focus on the Present
“Any man who can drive safely while kissing a pretty girl is simply not giving the kiss the attention it deserves.”
4. The Imagination is Powerful
“Imagination is everything. It is the preview of life’s coming attractions. Imagination is more important than knowledge.”
5. Make Mistakes
“A person who never made a mistake never tried anything new.”
6. Live in the Moment
“I never think of the future – it comes soon enough.”
7. Create Value
“Strive not to be a success, but rather to be of value.”
8. Don’t be repetitive
“Insanity: doing the same thing over and over again and expecting different results.”
9. Knowledge Comes From Experience
“Information is not knowledge. The only source of knowledge is experience.”
10. Learn the Rules and Then Play Better
“You have to learn the rules of the game. And then you have to play better than anyone else.”

Always good to learn from the best.

 http://banoosh.com/blog/2013/06/20/10-amazing-life-lessons-from-albert-einstein/#_

I've learned how to live by our eyes...


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The eyes are the doors of each one's soul.
If you truly look in the eyes of another you connect with his universe.

Our eyes are an incredible tool to understand and to feel beyond ourselves.

You're not alone never if you truly look at the eyes of another.

The first reaction is looking away...
Because if you truly look in the eyes of another means that you're not afraid,
that you have nothing to hide from yourself.

Confront the other with your eyes and you will feel more than your life.
Your fears get relative because you see, in other eyes, that they have fears too.
In this, by connecting, you're manifesting life without fear or boundaries.

Most of the people will unlike this gesture, this "confrontation",
but then they will get used to it.
(Because they have to get used to it, simply because you exist.)

We're not alone.

Beauty is in connecting.

Put all your fears and anxieties in your eyes and confront others.
You'll be connecting beyond rational thought or even affection.
You'll be universally connecting soul to soul, universe to universe.

Why be afraid?

Don't be perfect, just be.

Human beings are much more powerful than what we rationally think.
Our power goes beyond us and the key is simple: don't be afraid and look in the eyes of another.

Love and Believing bound us to life and universe.

Fears are developed by solitude.
They don't really exist... But you do and you're going to die.
So, while you're at it go for it. 

Life is yours and you are life.

Maybe, just maybe I'm not afraid of I no more.

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Poder viver morto é o dom de quem sabe que está vivo.
Está-me a faltar o paraíso na mente. Tem quem de mim precise sendo que preciso eu muito mais dela. A alma egoísta é diabólica. A alma que quer apontar e seguir menospreza qualquer fraqueza ou superficial sentimento, passado ou vida até. Sou possuído por demónios que não desejaria nem aos meus maiores inimigos. Eles comem-me todo, anulam-me a vida à ausência. Sozinho, deambulo, escutando-os, observando seus movimentos tentando decifrá-los por meio de minha devota atenção. Já os tive todos espalhados por aí, loucos, sem ter por onde voar nem onde cair. Demorei bons anos até conseguir os anular em mim. O que eles hoje fazem são acrobacias dentro de mim. Tornei-os amigos do mundo e da vida por meio do meu amor. Têm de estar dentro de mim e só a arte os expõe como eu quero e como deve ser. O passado é segredo deles, são eles que o têm e assim são eles que me guiam. Consigo hoje fazer dos meus demónios binóculos e microscópios da alma alheia, da vida em si até. A arte não ama os covardes, já dizia Vinicius e assim dói-me apenas a dor que inflijo a quem me ama. Mas até esta há de passar, há de desaparecer. Pois amar, amo a vida e assim todos que nela vivem e morrem. O precipício de não ter medo e abdicar de toda e qualquer segurança. É um caminho duro mas tão lindo e puro; talvez impossível mas só porque o possível hoje não existe nem persiste. Deveria-me doer a cabeça, deveriam-me faltar as forças mas para surpresa minha continuo. Deixei-me possuir pela arte como se fosse uma mulher danada. Essa arte destrói-me a vida tornando-a excessivamente vívida.  Como uma alquimia de morrer em vida e viver arte. Um dos maiores dilemas da minha vida que cedo escrevi nesta minha jornada foi este: "Dilema entre ser arte ou ser humano."  Pois aqui está. Onde é que ficamos?
Have to believe in passing time as a way to entertain life. And life being seen with eyes conquered by no other than yourself. Maybe when we're together time doesn't pass, but why does it have to pass if life doesn't give you what you believe in? Together we do take it seriously the life gaining of our hearts being. Love is the answer for all, as if we start to think about it life gains it self by others. No one has it all for life is sorry about making us think. I think life is trying to tell us something and it is this something that makes us question now, what are we doing with our lives. I try to imagine life, life with no boundaries, life without fear. Together with this we try to reveal unquestionable doubts. Make my heart suffer, make it pain it self to the world for I to give love and more love without question. I live in the stars, I live for this, for this pain of not knowing how to live. So love and hate make me grow, shine and understand that life is just a question of how to stay alive.   

Percebi-me.

terça-feira, 18 de junho de 2013

A arte não ama os covardes: e essa afirmação não pode ser mais antifascista. A arte, há que domá-la como a um miúra: e para tanto é preciso viver sem medo. Não a coragem idiota dos que se arriscam desnecessariamente, em franco desrespeito a esse terrível postulado da vida, que ordena uma preservação constante, de maneira a se estar sempre apto para os seus grandes momentos.

Vinicius de Moraes
Ilumina-se densa a pedra preta enclausurada no peito.
Quer sair ave, oh quer sair sonho, cantigas de menino,
formiga alada que sonha elefante. Maresia de passado
ser cortesia minha. Ventos do norte carregam a alegoria.
Trincando o sonho, brincando aos deuses, falando em silêncio.
Vai poeira aos olhos me lembram cantigas de amor.

Se te ter comigo é prejuízo da alma...

Foram dançar elas. Dançam agora e as olho.
Não sei de mim agora que as olho.

Mentiras se tornam verdades com o hábito.

Famintas trigonometrias embalam-me a mente,
fingindo sangue sofregamente.

Qual de ti eu dei?
Qual de mim por acaso eu chorei?

Ao fim ao cabo encarrego-me de chegar a algum lado.

A verdade é o que te tenho quando te esqueço,
lembrei-me agora disso...

Quero-te sozinha, quentinha,
aguardando meu silêncio em fome de ousadia.

Que é da loucura que nasce o sonho
que é do sonho que nasce a novidade.

Morram os portões do céu
que a vida se fará cá,
nova, no chão.

segunda-feira, 17 de junho de 2013

I've got to the point of writing being more important than life itself.




(till life happens again) 
Make me lie to a complete stranger
being corpses of me without any mercy.
For living dead I wake my child that always smiles.
Complete unsucess of the soul,
all body and matter like no other.
Great woman of my unforgettable youth
grows her breasts to feed me my uncontrolled heart.
Life beside me, oh that life beside me...
Morning sun comes greater with my eyes
and all that I do shine makes me feel so alive.
The loneliness of my forgotten misery,
being alone with no thee.
My bed watered by my tears, phenomenal tears!
Oh, as I believe in not knowing!
Thinking unlifes you.
Get together in silence.
Burst out from it like shiny, shiny angels of death:
bringing new life!
There's no tomorrow for me only yesterday
and so yes, I live for tomorrow always with a smile
and a calm shoulder where to put my head to rest.
Living is a platform of giving and receiving 
and now, for now, writing is walking, is flowing, is growing,
is understanding without having to think.
Words write them selves teaching me how to be,
how to be free.
God damn this curse!
(my child smiles)

domingo, 16 de junho de 2013

Oiço-te, vejo-te, sinto-te. Parte de mim sim, metade porventura, no entanto escrevi essa parte e hoje sou então meio escrito. A outra metade é carne que guardo só com o intuito de sobreviver. É pena que hajam sentimentos, emoções e desejos, sonhos e outros corações. Pois são estes que hoje me levam ao precipício infinito da vida. Porque eu, eu, nasci para estar sentado no sofá feliz com a minha imaginação, sentindo tudo de pequeno como grande porque é tudo o que conheço ao meu redor. Contigo larguei-me ao infinito e como não via repouso em ti, fugi e fugi. É que nasci para amar, a única coisa que sei fazer na vida... Mas não há amor em civilização mas sim um jogo de egoísmos artísticos e soberbos. Então viro amor em arte e estou seguro, seguro. Como um outro de mim disse em inglês - (que pretensioso) -  "may your heart be your art" estou seguro. De carne sou apenas um escudo que se elabora pela aura fecunda de minha arte ser meu coração. Não sei quem seguir, se tu, se eu - (sendo que não sou eu mas esse mistério de criar e escrever sem o saber). O que me destrói é sentir que te faço sofrer com este meu desígnio. A coisa que menos mereces é sofrer. No entanto, a única maneira de eu te ajudar seria ceder-me todo novamente a ti. E isso, isso, creio que é precipitado e uma espécie de fuga e hoje eu estou decidido, pela primeira vez na minha vida, a não fugir de rigorosamente nada que me apareça à frente. Tudo é, passa, é, passa, é, passa, É. Fim é inicio e inicio é fim: dança a vida por nós, Maravilha!

sábado, 15 de junho de 2013

Tudo que resta é calado escutar o tempo passar até novos ventos me levantar. É em tempo de espera que fico, ou melhor, ficava angustiado. Hoje me tudo relativo e assim por breves instantes reina sem graça a vida em minha plataforma amorosa. Amor que me tenho tanto é para dar e dar, sendo que a vida é o elixir, a fonte. Amor que me há é segredo e deve sê-lo visto que demais se o procura gratuitamente. Deambulando pela calçada do não dá nada aparecem-me sempre presentes tão valiosos e meticulosos que choro de prazer. Minha alma carente de compreensão física da vida engole-se se há quem a queira compreender. É que há coisas que mais vale não saber... Deus vive na mente de quem não fala. Esse alguém escuta e olha só, depois o que lhe sai da boca são respostas aos pedidos dos outros. Quem fez nascer de si um universo quer o partilhar pela via dos afectos e amores, coisas que o evidenciem em acções e nada de racionalismos para o sujar. Sem amor a vida de nada vale. Mas não há coisa mais bela e triunfal do que uma alma apaixonada ver além de sua paixão, a vida dos outros, a vida física. Calor pode queimar se a mente o pensar... 

sexta-feira, 14 de junho de 2013

Quase que escorregava. Oh, garra de meu ímpeto ser negro e eu querer luz.
Dançam ventres de quem não sei ao redor de um eu de mim de um futuro sem mim.
Em silêncio passo o vento ao silêncio e a qualquer movimento eu esqueço, eu esqueço.
Vida minha pequenininha é doce, é menina, fala baixo apontando ao alto.
Faz o tic-tac ao luar enquanto sonho o passado como chão do futuro por onde pisar.
Lamechas, sou lamechas. Choro a cada segundo a tremenda alegria do espírito e a
completa e mísera infelicidade da razão em não o acompanhar.
Tenho olhos fixos que cegam a realidade física.
A minha mente é diabólica enquanto que eu anjo menino que nem sequer, ainda, nasceu.
Corta-me a garganta, atropela-me o sorriso, tenho demais para só mim.
Altivo só cá dentro pois por fora lembro esquecido rapaz que escondeu o fogo no passado
para se não queimar mas se sempre aquecer no futuro.
O tempo fez isto de mim, eu apenas o assisti.
É tudo mentira o que o mundo diz... És tu, sou eu que, acreditando, faz dele verdades.
Assim sendo, não acreditando, ele se cala, bem caladinho, escutando, agora sim, ele a ti
andando por aí. Somos nós, portanto, que fazemos o mundo ao redor existir.
Dor de dentes ou calor no nariz não fazem pensar, dão tempo, e o cérebro entretém-se.
Criminoso órgão que é o cérebro!
Que venha o espírito para o calar.
Espaço.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

I truly live feeling the strings of destiny coming.
I smile seeing them coming into me forming reality.
I'm just a shell that when born rises the sky to earth and begins another life.

I never want to be full me because I'm afraid of my power.

Being that I now understand it I think I can deal with it.

One day at a time.

terça-feira, 11 de junho de 2013

Hoje perguntei-me o porquê. Sim, porquê? Toda a minha vida na busca da coerência orgânica para com ela ser capaz da mais perfeita compreensão e desta gerar então, finalmente, vida. Sim, vida porque ao ser eu quem sou, por descuido dos genes, da sociedade e cultura, não tenho deveras o poder de estar vivendo sem disso me demais aperceber. Viver estando em perfeita guerra psicológica não é viver, non? Carrego catedrais de vidro e pedra dentro do meu cérebro. A minha vida foi sempre feita à porrada, contra o óbvio que me sinto vir a ser. Sou adversário do destino, coisa deveras complicada de se ser... Amedrontam-me pequenos ventos demoníacos, ventos esses que me sempre cruzam a mente, mentindo-me diferente. Já lhes descobri os códigos e os decifro a meu belo prazer mas visto que agora tenho algo em mim que os encolhe ou os esconde já não sei como ser. Há qualquer coisa de chato em se ter de pensar para não confrontar a realidade triste que me rodeia. Sempre que vejo onde ainda estou fico desiludido comigo. Coisa que não quero estar, mais vale estar irritado com alguém de fora...
Imagino sentar-me numa cadeira simples e ver, de longe, o mundo cair. Mas a imaginação basta-me pois de resto mais aprecio o estar a tropeçar por aí, rindo de mim e levando cada um dos outros a sério. Pois se a minha vida é condenada, se é prensada, se foi derrotada por varizes do destino posso-a sempre ver, tocar e sentir por meio dos outros. É um caminho mais fraco mas nem por isso de não valor. Creio que a minha dor é ternura. Deixo então a dor para mim e a ti te dou ternura.   

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Yes I want to dance with the stars,
find kingdoms of night in bright light!

Believe in the phenomenon that is being alive!

March all my good friends to the war of life,
grand smiles caress our laments in magic spells.

Hands full of giving and my heart dying for eternal love,
not for one but for all and all life!

Elephants trample my rational mind
giving birth to wings that are
my thoughts being actions of wise youth.

Remember blank pages of calm paper
as a virgin woman waiting my impregnation?

My past for all!
Oh it's just ashes of my forgotten mother or love or child...

Die they say looking away, away.

Crazy eyes fixed on the horizon,
believing on the nothing and everything
of knowing the eternal!

Make me be!

Your door opens me to the outside,
making me a child,
a little sweet and dictatorial child!

Oh how do I believe in those crazy eyes!
The ones that make me die,
the ones that taught me how to stay alive!

My heart screams the fears of all my forgotten lives!
He's trying to tell me something...

(The heart is more complex and in tune with life than the mind, don't you know?)

Kill the little lands where I've been belonging.
I need something new, something empty.

Underestimating reality 
I fed my madness to an extreme 
that became my world, 
so my believing comes from the other. 

Feed me now your breast, your heart, 
your vagina, your friendship,
your handshake, your eyes, 
hears, 
mouth. 

Make me true to the world. 

Sun shining promises do get used to my loneliness and smile. 
I know their smile and it's a good one.

Don't think I can carry this much believing within me, on my own, no more.

Need you to come here. 
Need your body and soul. 

Fruitfully get in touch with our wings by fucking. 

Can't think of a better way to feel god.

Born me with our rising.

Unfinished: 
Eternal.


domingo, 9 de junho de 2013

É no encontro do céu com o mar que eu vejo chegar a mim a profecia dos tempos.
Mordo-me cá dentro. É prazer dos céus não ter o descuido de o viver por aí além...
São precisos dois corpos para que a alma se reproduza em sintonia: céu e terra.
Tenho a dor de poder ver por detrás do que sinto.
Evocações que me gritam e eu as calo para poder viver vida física.
De manhã respiro o dia novo como antigo e de acontecimentos presentes vejo reflexos conhecidos.
Da autoria de meu encanto tudo que vejo ganha vida.
Assim sendo se dou o meu encanto a quem o consome sem dó
minha visão se torna turva e incansavelmente demoníaca.
Tenho muito cuidado com o que me assiste.
Há que saber dar e receber amor.
Há que compreender que o amor que se tem é valioso,
tão valioso que se não há quem o possa receber e o usar por si
mais vale estar quieto e criar sozinho "essa" arte.
Descubro-me de novo a viver um passado perigoso.
Passado esse que é passado mas se encontra de novo aqui ao lado.
Tendo não onde me virar para me distrair ou acordar entrenho-me de novo cá dentro.
Sendo que isto era o que queria evitar, nos dias que correm, fico relativamente agoniado.
Mas a vida faz-se um dia de cada vez, não é?

sábado, 8 de junho de 2013

Inteligência

"É prova de inteligência saber ocultar a nossa inteligência." 
 La Rochefoucauld , François

 "Se a inteligência fizer perder o carácter, que vá para o diabo e viva o instinto!"  
 Mac Kay , Claude 

 "A inteligência é caracterizada por uma incompreensão natural da vida."  
Bergson , Henri

 "Não há nada tão estúpido como a inteligência orgulhosa de si mesma." 
Bakunine , Mikhail 

 "O amor mata a inteligência. O cérebro faz de ampulheta com o coração. 
Um só se enche para esvaziar o outro."  
 Renard , Jules

 "Há duas categorias de seres inteligentes: aqueles cujo espírito irradia e os que brilham: os primeiros iluminam à sua volta, os segundos mergulham-nos nas trevas."  
Eschenbach , Marie
 "A marca de uma inteligência de primeira ordem é a capacidade de ter duas ideias opostas presentes no espírito ao mesmo tempo e nem por isso deixar de funcionar."  
Fitzgerald , Scott

 "As pessoas que acreditam na inteligência, no progresso e no entendimento, são as que tiveram uma infância infeliz." 
 Stein , Gertrude

 "A inteligência é o maior filtro: a sua função, mais que compreender, é a de não compreender demasiado."  
 Sender , Ramón

 "A coisa mais importante não é o número de ideias reunidas no nosso espírito, mas sim o que as une."  
Maiorescu , Titu

 "Em épocas de grande agitação o dever do intelectual é manter-se calado, pois nessas ocasiões é preciso mentir e o intelectual não tem esse direito."  
Ortega y Gasset , José

 "Ser inteligente é ser desconfiado, mesmo em relação a si próprio."  
 Léautaud , Paul

 "Que sorte possuir uma grande inteligência: nunca te faltam asneiras para dizer."  
 Tchekhov , Anton 

 "Quanto mais inteligente um homem é mais originalidade encontra nos outros. Os medíocres acham toda a gente igual."  
 Pascal , Blaise 

 "A mulher mais idiota pode dominar um sábio. Mas é preciso uma mulher extremamente sábia para dominar um idiota." 
 Kipling , Rudyard 

 "Os homens de pouca inteligência não sabem encarecer a própria capacidade sem rebaixar a dos outros."  
 Maricá , Marquês 
 
"A inteligência é o olhar da alma." 

 "O néscio pode associar-se a um sábio toda a sua vida, mas percebe tão pouco da verdade como a colher do gosto da sopa. O homem inteligente pode associar-se a um sábio por um minuto, e perceber tanto da verdade quanto o paladar do sabor da sopa."  

 "A verdadeira inteligência consiste em dar valor à dos outros."  
La Bruyère , Jean de

 "O primeiro dever da inteligência é desconfiar dela mesma."  
Einstein , Albert

  "Alguém com intelecto está perdido, a não ser que possua energia de carácter. Quando temos a candeia de Diógenes, também devemos contar com isso." 
Carrol , Lewis

 "Inteligência é a capacidade de aceitar o que nos rodeia." 
Faulkner , William

 "O inteligente acautela-se de tudo; o tolo faz observações sobre tudo." 
 Heine , Heinrich

 "A inteligência procura, mas quem encontra é o coração."  
Sand , George

 "Não devemos descer nunca ao nível da inteligência dos outros, mas devemos facilitar-lhes o meio de subirem ao nível da nossa." 
 Benavente y Martinez , Jacinto

 "Há um cansaço da inteligência abstracta, e é o mais horroroso dos cansaços. Não pesa como o cansaço do corpo, nem inquieta como o cansaço do conhecimento e da emoção. É um peso da consciência do mundo, um não poder respirar da alma."  
 Pessoa , Fernando

 "Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência."  
Schopenhauer , Arthur

 "Há coisas sobre as quais não só não se pode falar com inteligência mas é até falta de inteligência falar sobre ela."  
Dostoievski , Fiodor


 "A «firmeza de princípios», de «opiniões», pode ser uma forma vistosa de camuflar a estupidez. Ser inteligente é ser disponível."  
Ferreira , Vergílio

 "Tua inteligência te cumpre o fado; e pelo fado, se quiseres, te escapas à tua inteligência."  
 Silva , Agostinho

 "A grande diferença entre o inteligente e o estúpido - entre o chamado inteligente e o chamado estúpido - é que o primeiro se esforça."  
Silva , Agostinho

  "A inteligência é uma categoria moral." 
 Adorno , Theodore
  
"A grande diferença entre o inteligente e o estúpido - entre o chamado inteligente e o chamado estúpido - é que o primeiro se esforça." 
Silva , Agostinho 
"A inteligência é uma categoria moral."  
 Adorno , Theodore

"Um homem inteligente é por vezes forçado a embebedar-se ou a isolar-se, para conseguir aguentar os idiotas com que se vai cruzando todos os dias." 
 Hemingway , Ernest

 "Matematicamente, se a inteligência e o amor humano existem, há uma inteligência e um amor superior que deram origem a eles."  
 Cieri , Doménico  

"Eu acho que não há inteligência sem coração. A inteligência é um dom, é-nos concedida, mas o coração tem que a suportar humildemente, senão é perfeitamente votado às trevas."  
Bessa-Luís , Agustina 


 "O próprio poder da nossa inteligência nos dá a conhecer os seus limites."  
 Swetchine , Madame

quinta-feira, 6 de junho de 2013

Memória quente, ó grito à serpente!
Que de brincadeiras fiz doutrinas de encanto ao outro e não a mim.
Fugi, fugi!
Talento-te a vida e engano-me nela para deixar passar tempo onde
depois, lembrando o vazio, recriá-lo cheio de mim.
Memórias ausentes de um sem lago que me assolou.
Trincam-me as veias e as certezas como se sem dó.
Então, no desvio de me amar sem mim canto esse infinito hino a ti.
Fosse a luz que vejo ao fim do túnel algo que reconhecesse...
Deixa a parte de baixo vir ao de cima, é preciso calma.
Embora...

terça-feira, 4 de junho de 2013

Arte só é Arte se for a oração do artista para a sua própria salvação.

Finalizando-se em si mesmo o artista torna-se criador do seu próprio Universo.
From tension comes breeze.
Attention to all souls of discomfort, your time is now.
Misunderstood feelings that shine bright since your beginnings
will reveal their answers to all.
Questions are your eyes trying to find others.
Believing and not knowing will be weapons of mass creation. 
Together with our unfolding hearts we'll breath something that's no longer air but life itself.
Crumbling into madness this world just keeps itself by the killing of dreamers.
See authority as a puppet show that still thinks it controls.
Bodies, just bodies... Keep your mind free and sane and that will bring us all victory.
Being that authority cannot be if what she defends is no longer for the common individual.
Authority is in big trouble... Nobody more can respect it. Or you fear it or you oppose it.
Only way to defeat authority is not believing it to be and get around it by your means.
Not feel hatred or shame cause that's how authority feeds itself.
Despise it and smile.
Your life is the conquest.
For understanding this you're already revolution. 
Concebo-te em ignorância e me dás vida além da concebida.
Ignoro-te por vezes porque me enganas a realidade pensando-a tua.
O que meus olhos vêem, seja pedra ou flor, sente a minha mente com o coração dor.
Deslizo o chão parado e atrasado chego sempre a algum lado.
Realidade, que me é permitida, só depois de digerida flui meu pensamento de agora.
Manadas caminham à porrada por mim sem que ninguém lhes bata, a porrada é lá dentro,
em silêncio...

Fui demais para mim cedo e cristais de um tal enredo, feitos diálogo sem sossego...
Gastei-os mas os encontrei novamente.
Tê-los agora em mão é segredo mas num sorriso ténue te os partilho.

Maravilhas sentadas a bocejar.

A lente dos óculos reflectindo o sonho do cego.

Ter-te agora em matéria física. 

Vi meu sonho se tornar real e não lhe sei dizer aos outros.
Mas o que há a dizer?

Nascentes, fontes e cascatas me são as coisas pequenas que os outros não vêem...

Desce o carro, faz barulho, grita ela da Guiné e o puto marroquino dá um pontapé na bola.
É golo!
Grita um outro.
Martim Moniz ou assim parece...
Mas não, estou no meu quarto.
 

domingo, 2 de junho de 2013

Quando estou feliz instantaneamente me infelizo.
Não sei se para guardar essa felicidade para momentos
mais propícios e de partilha  - seja em arte ou física -
se porque tenho medo de a sentir e de me a deixar arejar.
Porque arejar é chato para quem se habituou à cela que criou e a fez voar.
Sempre me queimei com a felicidade, sendo sempre mais discípulo da liberdade.
A liberdade é leveza e não tem qualquer coisa de fisico ou de mortal, flui e é eterna.
Estar feliz para mim é então uma correria, começo a ter de querer fazer muita coisa
que só tem, e deve ter lugar, em minha mente que é um universo diferente deste que piso.
Estou habituado a, quando mal, ver palavras, ideias ou sons - vindos dum outro canal
que juro não meu - virem-me ajudar. Assim sempre que essas coisas me cruzam a cabeça
eu sinto-me como que abençoado, auto-criado, ser de uma infinita gratidão por esta vida.
Quando feliz, apenas e tristemente feliz, sinto-me sozinho*...
Sozinho porque não compreendo o que aquela felicidade, que sinto, me quer.



(*solidão essa gerada pelo facto de ter tornado a minha cela alada.)

sábado, 1 de junho de 2013

Amanso a sereia dos meus sonhos com ortografia civilizada. A aurora me canta um hino que só eu reconheço. Passagens ao lado e amigos do outro lado. Apresento-me ao mundo como um desconhecido. Peço desculpa mas caí aqui, não sei donde vim nem para onde vou. Assisto-me no caminho que faço e ele se vai sendo feito por mim ou por um outro de mim. Manteigas-me a disciplina, contigo as minhas certezas são escorregadias: ou excessivas para cima - forma de dragão - ou vão loucas ser sucumbidas à minha feroz razão. Deita-me a vida ao alto se faz favor. Quero que meu olhar raie almas e sonhos. Na esquina da rua vejo um sossego sentado na cadeira verde, fumando cigarro. Dou-lhe minha racionalidade por momentos e não alcanço nada senão incompreensão. Mata-me a vida para que gere arte apenas. Ou matai-me a arte para viver sangue somente. Olhei para cima e céu azul, me querido, olha. Olá infinito, como estás hoje? Memórias por vezes me chamam à atenção com caricias ou pancadas brutas e despropositadas. Memórias, passado de ter sido e talvez nunca encontrado. Mas já foi, não é? Sorrio aqui a tua dor porque sei que criança amor é traquinas e finge e faz beicinho, seduz quem dele maior. Fumo então eu um cigarro. Mata-me um pouco o que é bom. Além fronteiras que me não querem, consomem-me o tempo em desperdício. Amo a nossa gente mas abomino ser gente. Deixai-me passar, pois sou apenas quem transporta esta carga psicológica a que se chama, tão desadequadamente, consciência. Não, é uma central de criação, nem mais. Central de Criação. Ó sofrimentos e angústias tremendos a gozarem comigo. Meu peito, sopro de Deus, cela física de mim, coitado. Quem te conhece ó sereia? Fazes de mim quando andas por aí solta? Fugiste, todas elas fogem... Elas quem, meu caro? Elas pah, elas... Na curva apertada de ter caminho amanhã desconhecido a percorrer fujo-me um segundo, descanso eterno. Porventura o meu dia não virá e mal de meu menino ter nascido. Sorrio. Estas coisas de vir para aqui dizer coisas, escrever... Escrever. Coisa estranha. Ter prelúdio, ter prelúdio sim. Que horror a vida me chamar outra vez. A pele queima, a alma dança e o corpo tropeça, a mente finge. Mama-me Amor. Tenho de me dar ao mundo. Tenho demais para mim, meu querido, sabes que sim. Fui por aí, fui por aí e não voltei. Agora às escondidas, minha criança esquartejada pelo mundo, procura-me encontro para nos finalizar. A vida quer-me nela. A vida quer, a vida manda. Ó que coisa horrível! Sorrio. Fala-me do que não sei. Encanta-me o ouvido com tua voz de mar. Querem-me ali e eu só sei daqui. Peripécias da vida me fizeram esquecer. Esqueço quem fui para apenas Ser: perfeito instante de vida. Impossível, meu caro. Podes ter razão mas a razão já me não tem mão. Fui-lhe além. Sou de bem. Racionalidade é então uma coisa antiga, ultrapassada? Pois sim, pois sim. Comecemos por sentir, sintamos apenas. Falai menos. Tenhamos a força de perceber que mais não somos o que éramos. Somos apenas.