sexta-feira, 14 de junho de 2013

Quase que escorregava. Oh, garra de meu ímpeto ser negro e eu querer luz.
Dançam ventres de quem não sei ao redor de um eu de mim de um futuro sem mim.
Em silêncio passo o vento ao silêncio e a qualquer movimento eu esqueço, eu esqueço.
Vida minha pequenininha é doce, é menina, fala baixo apontando ao alto.
Faz o tic-tac ao luar enquanto sonho o passado como chão do futuro por onde pisar.
Lamechas, sou lamechas. Choro a cada segundo a tremenda alegria do espírito e a
completa e mísera infelicidade da razão em não o acompanhar.
Tenho olhos fixos que cegam a realidade física.
A minha mente é diabólica enquanto que eu anjo menino que nem sequer, ainda, nasceu.
Corta-me a garganta, atropela-me o sorriso, tenho demais para só mim.
Altivo só cá dentro pois por fora lembro esquecido rapaz que escondeu o fogo no passado
para se não queimar mas se sempre aquecer no futuro.
O tempo fez isto de mim, eu apenas o assisti.
É tudo mentira o que o mundo diz... És tu, sou eu que, acreditando, faz dele verdades.
Assim sendo, não acreditando, ele se cala, bem caladinho, escutando, agora sim, ele a ti
andando por aí. Somos nós, portanto, que fazemos o mundo ao redor existir.
Dor de dentes ou calor no nariz não fazem pensar, dão tempo, e o cérebro entretém-se.
Criminoso órgão que é o cérebro!
Que venha o espírito para o calar.
Espaço.

Sem comentários: