domingo, 23 de junho de 2013

Ah mas é que tou farto de ver tudo catolizado, descrente, vivendo morto e indo em frente! Ai, tou com dores, ai tou tão tristinho, oh mas que não consigo, não consigo...
Libertem as vossas pilas e vaginas! Olhem realmente nos olhos dos outros e enfrentem os vossos medos! Que não são nenhuns, não são nenhuns! O único medo que existe na vida é o medo em si. Sem medo  tudo está aí! E claro que sim! A realidade existe para que nós existamos também com ela, nela. A dor de cabeça que é, guardar toda esta entrega, toda esta frustração, toda esta miséria de solidão! Os códigos estão mudados, as leis não são mais, porque a natureza está-se a evidenciar, está-se a evidenciar em nós, dentro de nós mesmos. Assim, se preso aos antigos moldes de sociedade, cultura, família o chamamento da vida, como não correspondido, gera loucura e confusão interiores, sós. Há quem desista de sentir e se resolva a cumprir o que a televisão diz, mas este alguém não mais é ninguém. Por favor não se tenha mais medo. Há que dizer ou mostrar que se gosta quando se gosta. Há que dizer que se não gosta, que se detesta, para as coisas mudarem e se corresponderem mutuamente. Há que haver com isto um superior sentido de tolerância, e respeito também, pelo outro, que é nós de fora. Somos, existimos. Não somos perfeitos nem somos exactamente o que queríamos ser mas ainda há tempo, ainda há tempo. Os outros sempre compreendem isto se se os olhar sem medo e com entrega. Afirmação de vida é mostrar-se o que se é, nesse momento, com o que se tem, com o pouco muito que se é. Ridículo é não ser ridículo quando apetece ser. Ridículo é não nos rirmos das nossas próprias maneiras. Ser triste, feliz, adulto e criança ao mesmo tempo. Deixar entrar e deixar sair. Ponto.

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