terça-feira, 26 de abril de 2011

Em tamanha vastidão
Se deita o mar
E um ser pequeno
A o olhar
Não espera nenhuma presa
Nem procura descansar
Está só atento a ele,
Ao mar.

Que fica ele fazendo
Olhando, parecendo reflectir
Mas o quê e o porquê
Desse o quê
Só ele e ou Deus sabe.

O mar ao fundo
Parece dormir
Se não move
É só extenso e não quer partir.

Aqui, onde ele vê,
Está a balançar ininterruptamente
Em ondas várias
Que vivem
E morrem em espuma
Que de novo se juntam
Resignados a ele,
Ao mar.

Pareceu agora, ele,
Olhar o cimo
Esquecendo o mar.
Penso que olha uma ave e fica
A a olhar.

Depois regressa,
Regressa
Ao mar.

Agora se levanta
E arruma mochila
Faz cara séria ou triste
E vai embora,
Enquanto o mar fica
Fica onde estava...

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