terça-feira, 26 de abril de 2011

Uma tristeza grande, besta de um envolvimento
Excessivo com a mesma sua alma. Querer ter uma mulher ao lado…
Luz da terra, é terreno fecundo e infinito, onde posso cultivar.
Cultivar a terra da menina mulher, juntando-me a ela, querida
De seu terreno, que sem mim não tem árvores de fruto.

Mulher a minha, vem a mim, por favor, quero-te hoje mais que tudo!
Que meu dilúvio é uma cascata de água negra que me sobrevaloriza
Em monstro.

Negro eu que não libertando-me a luz fico sombra de meu eu.

Norte ele ali à frente, o norte do que sou está sem mim.

Procuro a cima, olho o céu imenso e sorrio.

Que de morte nasce sempre vida e vida, essa, não precisa
De mim, vive sozinha por mim.

Há barulho a mais, as pessoas falam alto o baixo que são.

Sendo Deuses, há que mais deixar falar o silêncio.

Silêncio esse, deus do passado, promessa do presente,
Vento corrente do futuro.

Há mais que isto, tem de haver. Vivo perdido de não ser,
Adiando o passo em frente num a mais para trás.

Há mais, embora que o não sinta, sinto o sangue firme em mim,
Não corre e parece que até morre…

Mas vou tentando sorrir, sorrindo o tempo livre que vou tendo.

Tamanha desgraça que me fica em chama e nunca apaga.
Doce vida que me sorri, sorri enfim comigo em ti.

Estou em pausa pura, que é domingo e de o nada fazer
Tenho os medos todos em mim.

Sem comentários: