quarta-feira, 6 de abril de 2011

Poeta poetinha.
O ser que primeiro cria
Depois tenta viver
Para mais poder criar.

Esqueces, ali atrás,
Teu sofrimento
E largas braços
Num abraço ao mundo.

Corres no parado
E paras quando corres.
O movimento,
Meu querido,
A fluidez,
Minha querida,
Virtude de quem tudo vê.

Poeta do descobrimento
De quem assombra a vida
De tal veste de contemplamento.

Ontem foi chuva
E tanto vistes raiar o sol.
Todos te estranharam ao sorrir
E tu ofuscado pela luz disso
E tudo o mais
Metias o escuro dos óculos
À frente dos olhos.

Perpé-tua sangue
Em melodia poética
E o não do mundo
É de um gozo enorme!

Viver contrariado
Porque se sabe demais
E o encontro é chamado desencontro pelos demais.

Poeta não descansa

Parece (descansar).

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