quarta-feira, 6 de abril de 2011

Muito mais doce é o incógnito.

Ter o prazer de reconhecer
O desconhecido, que se conhece de vista,
E não o cumprimentar.
Sorrir para si,
Sabendo que com certeza
Ele também me saúda em silêncio.

As almas falam melhor
Assim vivendo por elas
Fora do nosso corpo.

Desconhecer alguém
Que se conhece vestido,
Não por fala mas simples visão.

Há demais beleza no incógnito.

Manter o não conhecido
Desconhecido
Para se poder prestar
A imaginar o mais
Que não é a realidade.

A fala e o encontro
Sempre, ou quase, carecem de espiritual.
Resta-nos o silêncio,
Esse que sempre foi e é
O melhor veículo do espiritual.

Esse ainda há!
Um bem-haja para o silêncio!
Deus de todos os que se apreciam.

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