quarta-feira, 29 de junho de 2011

E aqui, assim de repente, algo me toca e sei-lhe o toque mas finjo não saber e resisto. Da resistência insiste o toque e eu lá me viro e vejo enorme sorriso me olhando enternecido. Pego a bengala, me levanto e um grande abraço. Reencontro de mais de 10 anos de espera. “És tu então!” “ Cheguei há pouco, ajuda-me a trazer as malas.” e nem preciso dizer nada, estou como que hipnotizado por meu amigo. Lá fora está uma chuva difícil e algum frio. Molhámo-nos um pouco e nos acudimos da lareira , sempre quente, sempre viva. “então como vieste?” “ De avião. Foi boa a viagem, aqui a chegar a Lisboa é que houve alguma turbulência.” “Então e o que te traz aqui ó desgraçado? “Estou a fazer um estudo de campo rural, digamos assim. Então escolhi aqui a tua casinha, o que achas?” “ Acho óptimo, óptimo. Estou tão feliz por te ter aqui! Ainda por cima nem avisas nem dizes nada. Quando me tocaste soube logo, não me perguntes como, que eras tu pah, só podias ser tu! E vê bem, ao fim de tantos anos, como soube logo que eras tu? É maravilhoso! Vem, vamos, o que queres comer ou beber hã? Ah sim, vamos conversar!

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