quarta-feira, 29 de junho de 2011

Noite minha
Noite de sossego.
O pão da manhã
É o teu dia
Ó noite minha
Tão quente e sozinha
Como eu.

Demoramo-nos em solidão
Como quem se guarda à vida.
E a propriedade privada
E esta coisa dos carros
Nos tão desvirtuar
De nossos caminhos
Que tendo de ser únicos
Para se realmente fazer,
Se entrelaçam em muitos
Que já não são teus,
Que já não são de ninguém.

Busco o fim sempre
Porque creio que nele
Se começa,
Se inicia o algo que busco.

Primazia no espontâneo
E logo me deito
Cansado
E acordo num outro local
Onde já não reza
Minha ideia ideal,
Só uma fraca fome
Que pede meu corpo.

Está vento e isto me cansa
Onde está a inspiração?
Deixei-a lá longe
Em me querer
Confrontar o dia
Quando dele não encontro
Confronto.

Sem comentários: