terça-feira, 7 de junho de 2011

Ó mulher se tu não tivesses corpo
O que tu serias?

Sonho-te em sossego
E vejo-te em brasa.

E nas praias te deixas e deitas
E me excitas mais
Que podias se me falasses.

Que eu as quero a todas
Ao mesmo tempo,
Que todas são uma só,
Sei-o bem!

Olho-te nos olhos,
Ó mulher,
E sei que me amas!

Podes me não conhecer
Mas amamo-nos visceralmente!

Antes tinha-te medo,
Ó mulher,
Porque me pensava em cristandade
Monógoma com outra.

Mas hoje…hoje…
Ó mulher
Hoje amo-te plenamente!

Desde aquela com que ontem dormi
Até esta que me olha agora de sorriso doce
E curioso.

Amo-te em destreza de me saber dar
E em saber que tu,
Ó mulher,
Tu me sabes sempre receber!

Mulher, é um ser universal
Não se encerra em corpos sozinhos.
A mulher que tu amas tem
As feromonas que te encaixam a antena.

Quem de mim eu fui?

Medo de mulheres jamais!

De homens sempre,
Que eles não sabem sê-lo.
Isto é, homens ambicionam meu mesmo trono.

Homens, a maioria,
São crianças com pila.
Eu tenho a minha mais viva
Na mente e assim a desloquei para o coração
Para amar tudo então!

Querem-me sossegado, civilizado?

Ai, é que não!

Um homem viril
Não sabe o que é isso de consumir.

A mulher consome distraidamente
Para a distrair de sua tarefa magistral: dar à luz!

(Ó minha querida
Falas-me nesse tom de desdém…
Não sabes o quanto te podia fazer bem.)

Quero me alcançar em tal pose
De sacrilégio que o que apenas busco
É compreensão feminina,
Isto é, muito sexo!

Que o racional
Já o tive bastante
Mas é coisa de homem
E assim irrelevante.

Agora, a mulher não é faculdade de direito
Mas de Dever!

Até a mulher puta
Sabe o que eu quero dizer!

Vamos então,
Como pausa de palestra e para festejar
Esta ultima deixa,
Praticar o amor com nossas progenitoras
Que nos não deram à luz
Mas nos têm, sempre que podem, nus.

Está feito? Foi bom?

Pois então continuemos:

A mulher sabe insinuar.
Muitas vezes não sabe falar.

Ela dança com as energias
Da compreensão afectiva,
Que talvez seja a compreensão universal.

Assim ela foi equacionada burra
Nas passadas gerações “nossas”.
Mas digo agora a mentira que foi
Essa momentânea verdade.

A mulher sabe sentir
E sabe precisar
Sabe pedir e sabe desprezar.

O homem não.

Ou é um cão dócil que se
Dá bem com tudo
Ou não quer nada com ninguém
E o demais, razão para rosnar e atacar.
(Só será sensato tendo
amado antes uma mulher.)

A mulher sabe insinuar tudo isto
Em leve devaneio
Que é efectivo e sólido.

E dos que estão presentes
Seu gesto é ouvido!

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