terça-feira, 7 de junho de 2011

Um barco ao mar
Desperta seu pescador
Que a pesca
Está na hora de apanhar.

Ensonado,
Lembra saudades de casa
Mas o trabalho
O chama fisicamente
E a obra vitral
Do espírito se evapora.

O mar está calmo o que acalma José.
Os peixes aparecem muitos e assim
Sabe que orgulhosos nativos de casa.

Filtram-se-me as portas agora
E o pescador apareceu
Em minha casa.

Então José como andas?

Vou bem shor (meu nome),
Vou bem.
Apanhei muito peixe ontem
Está tudo feliz lá em casa.

Pois eu o estava a relatar agora
E de repente,
Não sei o que aconteceu,
Mas apareceu-me você
Aqui em minha casa
A beber seu cálice.

Cálice não, vinho tinto!

Mas sabe o que aconteceu?

Eu não, ontem festejámos a pescaria
Até tarde e hoje vou por onde me deus leva.

Então sabe que deus
O trouxe aqui a minha casa?

Não, não sei…
Isto é a sua casa?

É sim!

Ah, está certo…

Não está não!
Mas que baralhada.
Agora tenho que começar
A ter cuidado com o que escrevo
Que me pode aparecer em minha sala.

É verdade, hoje tudo pode acontecer…

É isso José.
Sente-se aqui ao pé de mim,
Vamos conversar.

Como é o mar?

Sem comentários: