terça-feira, 7 de junho de 2011

Em Portugal pausa o sítio
Vai-se para o trabalho,
Volta-se do trabalho.

Fim-de-semana sem trabalho,
Sair à noite
Jantar com alguém
Depois de novo trabalho e afins.

Há pouco em Portugal
Devo admitir.
Muito pouco onde eu vivo
E eu sendo muito
Se não me acudo
Quase que morro.

É, Portugal, és muito pouco para mim,
Ás vezes alegras mas demais vezes me entristeces.

Mas não te preocupes Portugal,
Não és tu mas eu
Que te não abraço como fatalidade
Que aqui te vivo
E a isso não me concedo admitir.

E não és tu Portugal não,
Nem eu.
É esta casa
Onde vivo
Que tem muito amor concorrido
Pelo hábito
Gerando suplício tanto
Na terra como no céu.

É Portugal não és tu,
Não sou eu
Nem aquela família
(que não largo)
Mas os mercados!
Essas estranhas crianças
Que brincam com nossos alimentos
E mantimentos.

Ó Portugal não és tu,
Nem eu, nem essa minha família,
Nem sequer esses tantos mercados
É toda esta raça humana
Que além de tudo
Te inventou, também, nome e espaço.



Afinal a culpa não existe
É só um meio de subsistência…

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