terça-feira, 7 de junho de 2011

É um mundo belo
Esse que se me avizinha.

Um mundo onde o sorriso
É linguagem
E a conversa é feita
Tendo como conclusão a acção.

Mundo que é este
E assim nada de metafísicas.

E passear pela terra
E cheirar o ar
E vê-lo aceso tanto
Em mim como nele.

Viver o encanto de nos termos
Trabalhadores do que colhemos.

Inventar algo que ajude a viver
E não o adie por prazer.

Estar cercado de vedações?

Olha que não.
Manda-as a baixo e partilha o que tens
Que teu vizinho não tem.

Aí não há policia,
Nem estado, nem mercados,
Com a gente faz-se toda essa comunicação
Por entre gestos e fala.

Viver crente do que se vive
Porque viver é isso
E não estar em receio
Que nos mandem para a rua.

Então, a rua é o meu lugar!
Vivo do ar e do que colho
E partilho com eu só olhar.

Que medo, viver em casa
E ter medo que nos tirem,
Tamanha desgraça,
De ver televisão.

Viver fora porque essa
É (hoje) a vida de dentro.

Sem comentários: