quarta-feira, 29 de junho de 2011

Num dia de sol suspenso em que a gota de água do rio se abrasava em solo seco, uma grande ave voou por aqui. Ninguém sabia que ave era ou espécie, sabiam que era grande e dócil pois não atacou quem a via passar. Nos cafés falava-se nisso a bom tom e alto para os da rua também ouvirem e se juntarem à conversa do colosso que por ali passou. Bebeu-se mais, dormiu-se menos e chegou-se até bastante atrasado ao oficio. E a ave ia e vinha consoante as horas do dia pois à noite não se via. Uns pensavam que era mãe e estava a cuidar dos pequenitos, outros achavam que era macho porque era vigoroso. Nunca se bem soube, pois um dia um menino escondido, pegou-se em cima da grande ave, domando-a com carinho e firmeza e voou para longe, até onde o sol se deixa de ver…

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