quarta-feira, 29 de junho de 2011

Só não fazeis o que está
Ao teu alcance
Mas te faz mal.

Largai os poços negros
Que te interiorizam
Em só
E aceita a vida
Como ela é.

O esgar de olhar,
O ódio, o ciúme,
Terras de só negrume.
Queimada constante
Fortificada pelos
Olhos fechados da mente.

As coisas a sair
E a entrar.
Noite funda
Deste dia solarengo.

A pomada da calma
Não me acalma
Nem desperta
Mantém-se quieta
Em mim, me substituindo.

O largo da vila deserto,
A gente onde
Não há solo
Ou comunicação
Vê essa, a televisão.

E em paz de um oficio
Mais antigo
Que a vida
Decifro o que sinto
Como quem joga um
Qualquer jogo superficial.

Valer o mar…
Que vejo eu
Eternidade
Que quase já concebo.

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