sexta-feira, 20 de maio de 2011

Em desígnio de me querer
Em tão albergante ser,
Estala-me o corpo em fatalidade
E o estico, o mais que posso,
Com (meu) espírito e ele vai dando.

Quero o que quero
E o a mais deixa-o lá sossegado
Em corpo e mente dos demais.

Fico-me por mim e já é muito!

Vivo então esta vida
Deveras agora minha,
E não busco justificação ou salvação
Tenho a minha.

Graças ao tempo que resisti e aguentei
Hoje não preciso de ninguém que não queira.

Sei quem quero e nisto me deslargo
E largo tudo de desnecessário
Pelas ruas e figuras inertes ao tempo.

Eu me movo em dança do passado
Pousando em escrita presente
E voando ao futuro
Numa infindável ode à vida universal.

Todos meus irmãos
Não tenho preferidos nem senãos.

Todos Deuses e Génios
De se levarem sozinhos seus imensos
Únicos caminhos!

Gente do amor e do sensível,
Gente do sentir e do viver.

Qual repressão? Não!

Em nós há espaço para tudo
Calor de quem se sabe imenso
E no outro continuação.

Não estou sozinho pela primeira vez
Na minha vida,
Sou eu voluntário ser que distribui seus amigos
Pelo seu antro mental, corporal, espiritual.

E todos Deuses!
E todos lindos!
E todos sozinhos!
E todos fortes!
E todos fracos de tão fortes!
E todos assim vivos, perto de mim.

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