quarta-feira, 4 de maio de 2011

Quero realmente amar as pessoas.

Quero deixar-me de ser
Para só crer nelas.

Quero gostar
De quem escolho gostar,
Quem me entende
Ou me crente.

Ter em mim o elogio do afecto
E ser assim paz de corpo
Em intelecto louco.

Gostar de pessoas
Porque só isso vale neste mundo.

Cansado do segundo,
Sonho longínquo,
Vivo o primeiro.

De uma só, só vida
Inauguro a incessante
Evolução esquizofrénica
Que me apresenta
No uno a revolução
Do tudo e do nada.

Ser assim,
Assim bem dentro e aconchegadinho,
Escrevendo o alento
De pensar amor.

E de o tanto exacerbar,
Largados cadernos e canetas,
Abraçar o amigo,
Os amigos, a amiga,
O desconhecido que sorri de mim,
Os desconhecidos
Que também, sem dúvida,
Merecem meu apresso e dádiva.

Ser assim um todo num só,
Sendo simples de seu múltiplo
Porque em sempre dividido
Por muitos outros em canção
De amor, afecto, interesse.

Sem comentários: