quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fui crente do niilismo
Em fumo de criança crescida
Negava tudo.

Aos poucos fui crescendo
E com isso sentindo,
Se tornando essas as minhas verdades
Fui (finalmente) existindo.

Delas me tornei tão sábio
Ao ponto
Que quando largou Deusa minha
A haste de minha vela
Exacerbei-a em correria
De largar tudo o que demais sabia.

O começo foi duro
O meio foi meio
E o fim mais seguro.

Agora lembro que
O que fui, senti,
É o que sou e falo.

Assim hoje
Mesmo tilintando
De falta (ou demais) energia
Reconheço que o que passou
Sou eu e o que sou continua.

Sou crente hoje
De meu passado.
O que senti são deuses
E o que vi verdades.

Com isto, passo o tempo
Me querendo
Me seguindo.
Abrindo aqui e ali
Uma cortina
Porque quero ver.
Quero ver mais que o que já tenho aqui.

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