quarta-feira, 4 de maio de 2011

Pensadores que me deram luz
De minha já luz nascida
Me abriram uma outra minha
Que é nossa, afinal,
À partida!

Meus queridos sábios
Mortos e outros quantos
Ainda em corpo resistem.
Florescemos juntos o som da sabedoria
Porque ouvimos o silêncio.

Uma salva de palmas a nós!
Irmãos e irmãs
Que de verem corpos atrofiados por números(!)
Escolhem a mente e com sorte
Alcançam espírito
Que os eleva à eternidade.

Creio em nós sábios.
Aqueles que se acreditam
Merecem viver imensamente além corpo ou morte!

Desde o primeiro shamã
Ou primeiro homem simples até…
Já esse simples, era outrora só por si, já um sábio.

Sabia fazer canoa, casa, tecido,
Amor, arte e ninguém o ensinava
Como necessidade
Mas alegre cultura,
Vento de sabedoria
Tão natural como o nascimento.

Ai meu irmão…
Primeiro homem à face da terra
Que não teve medo de se erguer
Em simbiose para com a gravidade!

Jasus, que superior irmão!

Quem foste tu?
O maior dos maiores sábios
Que não divagou
Pôs logo em acção pensamento, emoção.

Um bem-haja a ti irmão!
Deus afinal dos seres humanos.
O primeiro Deus que viveu em corpo!

Os índios ensinam-nos que os animais
Também têm espírito e nisto também eles
Deuses vivem para sempre.

É certo que esses índios sabem mais que eu
Pobre alma que de santo nascimento
A eticaram de civil.

Tanto um outro mundo
(ou outros)
Que mais rege este e nós
Sóbrios trabalhadores
Cansados de nossos corpos
Não o sabendo porquê…

“fala-me do espírito irmão.”

Não falo não.
Ouve o silêncio
Que verdade só a tua
E essa só tu, ouvindo o nada,
Podes ver donde brota em sussurros
Tua alma, tua verdade.

Excede-te no corpo
Para veres o que fica sempre.
Desse sempre tens essência tua
Que a podes assim acarinhar
Como verdade, tua única verdade.

Esquece a plumagem fétida da sociedade
E despe, além da vista, teu ser
Para que dele emanes só tu tua verdade.

Todos os humanos irmãos!
Desde o raiar do sol a Oriente
Caindo em quente estridente no Ocidente.

O Muçulmano, o Cristão, o Hindu e o Tupi
O Aborígene e o Cherokee,
O quente Eskimó
E o povo de Benim!

Somos todos lindos e fabulosos!
Criaturas de uma destreza mil
Em nos sorrirmos diariamente
O desassossego da “coisa” imposta.

Fala aos espíritos
E compreende que o tempo do corpo
É todo relativo
E teu eu desejo tem de ser ouvido!

Falo verdade.

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