quarta-feira, 4 de maio de 2011

Encrustado de pele baça olha o canto
Sorri amigo, um sorriso manso
Que é acudido por um outro
Um tanto mais cheio, festivo.

Quente, quente a noite e gente, gente
Ao canto e a dançar, gente na esplanada do “standard”.
Acelera a vista em vontade de falar, a alma se desloca
Dentro do corpo, tem ela agora de também ser…
2 cervejas, certo! Onde íamos?
Que calados estar não hoje que me
Ontem guardo e hoje contigo e com a noite largo.

Bar festivo, ah sim, dizias aquilo sobre mim…o quê?
Ah sim, sim, por vezes fujo e não me mais vês
Até outro dia... É alma minha que se quer solta
E nunca obstruída por uma qualquer outra censura física.

Quero-me longe de obrigações sociais.
Quero-as límpidas para delas pintar meus ideias.
Sabes que a vida não existe, certo?
Ela se inventa e são assim uns tão pouco
Como eu, que agarrados ao passado inventam um futuro
Para os outros viverem…
O tempo é o melhor inventor de vida
Mas hoje como no principio da civilização
De não se ouvir o vento, os pássaros, os grilos
E o silêncio, têm que ler uns poucos amaldiçoados salvadores
Que inventam rumos sempre antes não atentados.

Creio em ti… Não julgues que meu fugir provém de ti não.
Esse meu fugir é intimo e nasce e tem fim só em mim.

Se hoje te aqui tenho em olhos e sorrisos de afecto
É porque mais do que te querer te creio, acredito em ti,
Sinto que aprendo contigo e contigo me podes também aprender.

A vida só válida se evoluindo.
De que me basta trabalhar e sofrer dia-a-dia alheio,
Feito máquina, se isso nem sequer é viver mas escravidão.
Sentes-te integrado mas na verdade és no aí dos seres
Mais sós do universo, pois não levas contigo tua alma,
Espírito, a renegas ou negas ou reprimes ou a carregas como cruz indesejada.

Ah…eu vivo com a alma,
Eu sou-a pleno
Daí minha vida é eterna e em concordância com os deuses
Que me nasceram e fazer-me-hão morrer!

Creio nisto é só.

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