quarta-feira, 4 de maio de 2011

Fugir…fugir da vida!
Que ela se quer demais querida!

Fugir, porque fujo?

Porque sim!

Fujo um pouco ali e ali
Para que no encontro (isso sim!)
Me encontrar deveras!

Fujo para poder encontrar, é isso!

Há que fugir um pouco
Para ganhar a carência
E dela fazer a mais louca
Entrega de felicidade.

Pois no encontro,
De me lembrar fugir,
Encontro mesmo!

Fujo então, afinal,
Para gerar o mais belo encontro!

Claro que não demais natural
Este procedimento
Mas hoje nada o é também,
Senão, o meu encontro!

Porque é vital.
Porque é gerado de minha auto-criada
Carência e fugimento.

Sou, todo eu, pré-propositado.

Invento minha vida,
E no fundo, nisto
Não a deixo natural rolar.

Mas é assim agora…
Foi, fui ontem outro
E amanhã sim, amanhã…

Amanhã não existe que reconforto…

Palerma devasso eu sou!

Mas só porque quero mais e mais encontro.

Hoje, sereno do que quero,
Não me dou
A demais do que, a mim, peço.

Chega, basta, o que hoje desejo.

Na verdade sempre basta
Quando já, de partida, demais se deseja!

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