sexta-feira, 20 de maio de 2011

Ontem sonhei contigo.

Sonhei que estavas louca
Envolta na realidade.

Olhei-te, assustei-te
E me assustas-te a mim
Cara feia de não coração.

Sonhei contigo
E há tanto que te não sonhava…

Foste louca, desvairada
Pelo sono doce de minha cama,
Tornozelo da mente a dentro,
Frágil coeficiente de emoção.

Quer isto dizer que me falas ao longe?

Queres-me comunicação?

Creio não.

Antes refúgio de meu louco
Projectar em ti
Incoerência minha
De tanto ter como fundamental
Obrigação a ser coerente.

Que não leva senão à loucura
Um tão dever de coerência…

Louca não.

Sensato, apenas sou sensato de minha situação.

Vida a tenho e sempre serei.

Vivo louco para sonhar o viver até o poder ter.

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